Apesar de pressão de Lula, Banco Central mantém taxa de juros em 13,75%
Uma das reuniões mais aguardadas da história do Comitê de Política Monetária (Copom) encerrou com a permanência da taxa selic em 13,75% ao ano. A decisão do Banco Central vinha sendo pressionada pelo governo federal, principalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que pedia a diminuição do juros.
Com isso, o Brasil mantém a posição de maior pagador de juro do mundo, de acordo com levantamento da Infinity Asset. O país segue no topo do ranking de juros reais, com taxa de 6,94%. O estudo desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses (ex-ante), tendo como referência o Boletim Focus.
A decisão manteve a expectativa de especialistas, que não viam espaço para o corte na taxa selic até, pelo menos, o mês de junho. O juros é utilizado, normalmente, para controlar os índices de inflação, que acumulam uma variação de 5,60% nos últimos 12 meses.